segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Educação para idosos: uma barreira a ser rompida


A educação sempre representou um desafio para a sociedade. Pois, é por ela e por meio dela que a humanidade, desde o princípio da sua existência formal é reconhecida pelos seus pares como um processo de construção da personalidade e um processo de socialização dos indivíduos no espaço da sociedade.A sociedade brasileira tem passado por profundas transformações políticas, econômicas, culturais e tecnológicas. Atualmente perceber-se uma nova “clientela” para a educação: os idosos. Estes vêm crescendo em um número considerável que acabam sendo vistos como um problema social. A educação vem como uma ponte para este novo mundo: o dos idosos. Tentando quebrar paradigmas, que diz que na velhice não se pode aprender, visto que é nesta fase da vida que ocorrem certos declínios de “inteligência”,memória e criatividade. Porém percebe-se que a velhice não é o fim da vida e sim o começo de uma nova etapa.Acredita-se na possibilidade de aprendizagem nesta fase da vida. Dessa forma vem-se abrindo diversas oportunidades, onde estes vão desenvolver sua inteligência emocional, elevar sua auto-estima para que através destes possa se criar novas rotas de percurso. A educação é um destes caminhos, pois ajuda os idosos a construir sua velhice de maneira digna, excluindo barreiras que o aprisionam, mudando o rumo de sua vida, através de ações que o libertam do mundo opressor. Para tanto é imprescindível estimular-los a voltarem a estudar, a terem interesse em sua autonomia, que eles saiam da mesmice do dia a dia, do fazer crochê, brincar com os netos, ficar em casa esperando o tempo correr.Precisa-se, portanto de um trabalho em equipe para conseguir tal feito, profissionais das diversas áreas tem que se unir para esse trabalho multi e interdisciplinar, onde se trabalham desde aspectos psicológicos, corporais, cognitivos, emotivos a aspectos intelectuais. A educação para a terceira idade requer um espaço para discursão, isso para garantir o desenvolvimento do idoso como um todo e não só como o desenvolvimento do aspecto intelectual ou de lazer. Pois a mesma servirá como um programa terapêutico sobre memória, concentração, capacidade cognitiva, aprendizado e criatividade. Não devemos esquecer toda via que para se chegar a tal ponto deve-se começar pela criticidade dos alunos envolvidos.Neste processo de aprendizagem acredita-se que se deva ter o professor como um guia, coordenador, que preconiza a existência de atividades de analise e decisão conjunta que permitam reestruturar os espaços da relação humana e estabeleçam novos laços sociais. Poutois e Desmet (1997) afirmam que: “aprender é passa de um determinado estado a um outro, concebido este como mais desejável; aprender é conseguir fazer melhor, compreender melhor, ser melhor”.Portanto, na educação para os idosos não há como existir uma diferenciação entre métodos tradicionais e modernos, o que ocorre é um misto entre métodos expositivos, interrogativos e ativos. Sem esquecer que todos os métodos devem partir da história de vida deles para poder assim construir uma consciência critica dos alunos, fazendo com que estes tenham um aumento na auto-estima para que possam melhorar suas vidas.


Francimara Araujo

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